São considerados como ’superalimentos’ aqueles que contêm uma grande quantidade de nutrientes que, além de proporcionarem ao organismo vitaminas e minerais necessários, trazem benefícios adicionais à saúde.
Esses alimentos têm grande quantidade de fibras, minerais, proteínas e vitaminas; são uma fonte primária de antioxidantes, ajudam a prevenir doenças cardiovasculares e, o melhor de tudo, são deliciosos e fáceis de preparar e de incluir na sua dieta
Quando
o assunto é alimentação saudável, todo mundo procura novidades. Embora não
sejam exatamente novos, muitos desses alimentos ganham fama graças à propaganda
de boca em boca e por chamarem a atenção dos famosos. Alguns, de tão poderosos,
foram elevados à categoria de superalimentos. Fontes de energia, proteínas,
micronutrientes e vitaminas, possuem pouquíssima gordura e tem o potencial de
melhorar sua qualidade de vida. Mas atenção: sozinho, nenhum alimento faz
milagre. "As pessoas se apoiam nessas novidades e se esquecem do
conjunto", diz o nutricionista Tiago Marucci.
É uma
manteiga feita a partir da própria manteiga comum (pode se de leite de vaca ou
de búfala), a diferença é que a manteiga Ghee é clarificada. E o processo de
clarificação (que pode ser feito em casa mesmo), reduz os níveis de toxinas, de
lactose e de sal, comparada com a manteiga original. Os benefícios, segundo a
nutricional coach e nutricionista molecular Flávia Cesar, são muitos. É um
alimento mais livre de impurezas. Fonte de vitamina A, possui maior resistência
ao calor. Na filosofia oriental, diz-se que combate o fogo do estômago e
fortalece o sistema imunológico. "Na Ayurveda, o ghee é considerado
alimento rejuvenescedor, regenerador e tonificante, que aumenta a força e a
expectativa de vida", diz Flávia. A manteiga ghee deve ser acondicionada
em um vidro, o que garante maior durabilidade, e pode ser guardada na geladeira
ou mesmo em temperatura ambiente.
Um grão
originário do eslavo keif, que significa "bem-estar" ou
"bem-viver". Os grãos são constituídos de uma microbiota variada e
têm sido utilizados há milênios na produção de um fermentado à base de leite de
diversos animais em diferentes países. Fermentada, de acordo com Jocelem
Salgado, professora de nutrição da USP, é considerada uma mistura probiótica.
Tem benefícios similares ao do iogurte, como a capacidade de reduzir o
colesterol e aumentar a imunidade. Frequentemente associado à longevidade, é considerado
terapêutico. "No Brasil, é utilizado como um produto da medicina
popular", diz a pesquisadora. Pode ser cultivado em açúcar mascavo, leite
ou suco de frutas, sendo sua coloração dependente do substrato para consumo
(amarelo claro, ocre, pardo ou púrpurea).
CALDO DE OSSOS
Ele
está sendo considerado o novo suco verde nos Estados Unidos. "O supercaldo
é um alimento incrivelmente saudável, riquíssimo em nutrientes que todos nós
deveríamos consumir sempre para ter a melhor saúde possível. Ele também é um
alimento muito utilizado para auxiliar no processo de queimar gordura",
explica a nutricionista e personal diet Ana Carolina Giorni.
Esse
caldo você pode encontrar na cozinha de qualquer restaurante cinco estrelas do
mundo. É conhecido mundialmente com os nomes 'bone broth', 'stock' ou
'buillon'. Não só pelo sabor sem igual, mas também por ser um coringa
culinário, pois pode ser utilizado como base de uma série de pratos.
É feito
a partir do cozimento de ossos de animais saudáveis/orgânicos: gado, frango ou
peixes, mais vegetais, ervas e temperos. "Esse caldo é uma infusão muito
rica em minerais, uma fonte superior de cálcio, fósforo e magnésio. Os
nutrientes presentes nesse caldo podem ajudar a remineralizar os dentes e
ossos, turbinar o sistema imunológico, a digestão, a pele, os cabelos e as
unhas por causa da alta quantidade de minerais e colágeno", explica Ana
Carolina.
Além
disso, ele faz bem para o sistema digestivo, nervoso, para cicatrização de
feridas, melhora dos tecidos conectivos (ligamentos, juntas, em volta dos
órgãos, etc) e digestivos (intestinos, estômago e funcionamento
do fígado).
do fígado).
JUÇAÍ
É a
polpa do fruto extraída da palmeira juçara (a mesma do palmito). Não é o
palmito e sim a extração do fruto. É muito parecida com o açaí, daí o nome
juçaí. "É muito rica em nutrientes, sendo ótima fonte de ferro, bom para a
anemia ferropriva, potássio, que previne cãibra, em anticianina, um potente
antioxidante presente nas frutas e alimentos de cor roxa, importante na
prevenção de doenças cardiovasculares e do câncer e no combate aos radicais
livres, que provocam doença e envelhecimento acelerado", explica a
nutricionista molecular Flávia Cesar.
Cada
100 gramas de juçaí fornecem 290 mg de antocianina. "É também rico em
zinco, cobre e manganês, antioxidantes de ação antiaging (anti-idade) que
combate o envelhecimento precoce e promove a saúde, também rico em cálcio,
magnésio, fósforo, todos fundamentais no fortalecimento ósseo e na prevenção de
osteoporose", complementa.
Quer
mais motivos para consumir a novidade? É fonte de gorduras saudáveis. Mas use
com moderação. Embora as gorduras sejam saudáveis, compostas por ácidos graxos
insaturados, é muito calórico e deve ser usado com moderação e cuidado nas
dietas de emagrecimento. É considerado um alimento energético, assim como o
açaí, e interessante como repositor energético/calórico para atletas e
esportistas de alta intensidade.
O krill
é um tipo de crustáceo parecido com o camarão. Usado a granel como óleo
prensado a frio ou na foma mais encontrada, como suplemento em cápsulas,
"o krill é fonte de ômega 3 de cadeia longa, como o EPA e o DHA semelhante
ao óleo de peixe", diz a nutricionista molecular Flávia Cesar. Os
benefícios são muitos: auxilia no controle do colesterol, na redução dos níveis
de LDL (colesterol ruim), auxilia no controle do triglicérides e na prevenção
de doenças cardiovasculares.
"Por ser rico em astaxantina, auxilia na prevenção de doenças inflamatórias e degenerativas como artrite, artrose, mal de Alzheimer e esclerose múltipla. Comparado ao óleo de peixe, possui um elevado teor em antioxidantes e fosfolípidos, o que gera melhor biodisponibilidade, ou seja, tem uma absorção maior comparada ao óleo de peixe. t Quando já no sangue, é mais facilmente transportado para as membranas celulares e neurônios (células nervosas), daí vem a importância nas doenças inflamatórias e neurodegenerativas. É fonte de carotenos e astaxantina, antioxidantes importantes para a visão, retina e cristalino do olho.
"Estudos
apontam que, após 30 dias de uso, houve redução em 30% dos níveis de proteína
C-reactiva, dor e rigidez articular, relacionadas a processo
inflamatório", explica Flávia, que sugere que, para uso em cápsulas, as
doses indicadas vão de 500 mg a 3 gramas, conforme orientação médica. Não deve
ser consumido por quem tem alergia a frutos do mar e crustáceos.
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