Conheça e saiba como tratar a
febre com algumas dicas.
Nosso corpo tem um termostato
natural chamado hipotálamo. O hipotálamo é localizado no centro do cérebro e
sua função é controlar diversas funções do organismo entre elas a temperatura
corporal.
A temperatura normal de nossos
corpos é entre 36 e 37,5º. A temperatura pode oscilar normalmente durante o
dia, sendo mais baixa de madrugada e mais alta no fim da tarde. Exercícios
físicos, calor, excesso de roupa ou alterações hormonais femininas podem
alterar a temperatura. Também o ponto do corpo onde é feita a medição faz
variar a temperatura:
Temperatura axilar – normal até
37,2ºC.
Temperatura oral (boca) – normal até 37,5ºC.
Temperatura timpânica (ouvido) – normal até 37,5ºC.
Temperatura retal (ânus) – normal até 38ºC.
Temperatura timpânica (ouvido) – normal até 37,5ºC.
Temperatura retal (ânus) – normal até 38ºC.
A febre pode ser boa ou ruim
para o corpo dependendo do modo como a tratamos e das condições do paciente. É
bom ressaltar que febre não é doença. É um sintoma de que o organismo está
reagindo à ação de um invasor. Algumas verdades sobre a febre:
•Febre alta ou baixa não significa doença mais ou menos grave, ou seja, doenças graves podem apresentar febre baixa como o câncer ou doenças autoimunes.
•Aproximadamente 90% das febres são causadas por infecções virais que não precisam de tratamento médico, como gripes ou resfriados. Basta controlar a febre e deixar o organismo agir. •O aumento da temperatura faz com que os glóbulos brancos (leucócitos) do sangue (que são os defensores do organismo) reajam e ataquem o agente agressor.
•As dores, mal-estar e perda de apetite são para que o paciente procure descanso. O organismo já está comprometido na luta contra o agressor e não pode despender energia com brincadeiras, vídeo game, trabalho
braçal ou intelectual e nem
digestão.
•A febre baixa, entre 37,2 e 37,8º, é chamada febrícula. Não deve ser interrompida, mas observada.
•A febre baixa, entre 37,2 e 37,8º, é chamada febrícula. Não deve ser interrompida, mas observada.
•A febre só deve ser reduzida acima dos 39° exceto se o paciente apresentar problemas de saúde anteriores ou problemas crônicos, tais como: hipertensão (pressão alta), histórico de convulsões febris ou epilepsia, problemas cardíacos e respiratórios.
•Algumas pessoas dizem que estão com febre interna e por isso o termômetro não detecta. Se o termômetro não mostra, é porque não há febre.
•Não administre antibióticos em caso de febre. Felizmente os antibióticos foram proibidos de venda sem receita médica. Seu uso incorreto e indiscriminado cria bactérias super-resistentes, pois o paciente não sabe a dose certa, a indicação do antibiótico e tampouco o tempo que deve ser usado. Só o médico pode indicar o uso de antibióticos. Importante: Antibióticos matam bactérias. Não têm qualquer ação sobre vírus. Portanto, não servem para gripes, resfriados, dengue, e outras viroses.
Para tratar adequadamente a
febre, deve-se levar em consideração o estado geral do paciente e a temperatura
em que o corpo se encontra. Devemos baixar a temperatura:
•Quando ela atinge mais de 39º
•Na gravidez, a febre alta pode causar má formação fetal.
•Em pacientes cardiopatas (que têm doença do coração).
•Nas doenças crônicas debilitantes como hipertireoidismo, diabetes, tuberculose.
•Se o paciente sofre de epilepsia.
Tratamento para baixar a febre
Normalmente usam-se medicamentos
analgésicos (que combatem a dor), antipiréticos (baixam a febre) e ou
anti-inflamatórios intercalados a cada 6 horas. Estes medicamentos não atuam
sobre a doença em si. São paliativos e não contribuem para a cura. Normalmente
os médicos recomendam a dipirona e o paracetamol.
Aspirina e qualquer outro
medicamento que contenha AAS (Ácido acetilsalicílico) são bons antipiréticos e
anti-inflamatórios, mas como têm ação anticoagulante, são contraindicados em
caso de dengue, cataporas, ou se o paciente estiver com algum tipo de
hemorragia. Portanto, só use medicamentos se o médico assim os indicar.
Caso o
paciente já tenha usado antes, pode-se medicar se a febre estiver acima de 38,5
acompanhada de dores. Nesse caso evite os medicamentos que contêm AAS. Todo
medicamento tem efeitos colaterais e interações medicamentosas. Alguns graves.
Prefira o tratamento natural até que o paciente seja medicado:
1.Repouso. Evite atividades físicas, intelectuais, motoras e alimentar-se. A febre já acelera normalmente os batimentos cardíacos, forçar o corpo trará desconforto maior.
2.Hidratação do paciente. Não em excesso, mas deve-se oferecer líquido com frequência ao paciente e este deve ingeri-lo de acordo com sua demanda de sede.
3.Refrescar o paciente. Não o agasalhe, o objetivo é baixar a temperatura. Use roupas leves de algodão.
5.Banho morno (nunca frio). Pelo tempo que o paciente desejar.
6.Ajuda médica. Encaminhe o paciente ao médico para investigação da causa da febre.
Febre
não é um bicho de sete cabeças. Não é necessário entrar em pânico quando a
febre se apresenta. Fernanda Zicolloto, pediatra paulista, no site mdemulher
avisa: "A febre é sempre um bom sintoma". Basta não se apavorar com
ela e averiguar o que a provoca antes de partir para qualquer medicação.
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